sábado, 27 de fevereiro de 2010

A atual politica nos deixa sem saída


Falar de política no Brasil ainda não é a coisa mais fácil de se fazer. Vivemos hoje em um momento em que a política é questionada, pois, ela é sistematicamente confundida com as ações dos políticos profissionais, principalmente, pelos maus políticos. A política atual nos deixa sem saída.



O que é política? É o título de um livro contendo a ideia de política da pensadora e filósofa alemã Hannah Arendt. Para ela "O sentido da política é a liberdade".






Nós não conseguimos pensar desta maneira pelas desilusões sofridas em cada voto de confiança que damos e cada político novo que surge é uma nova esperança em nossos corações, e esperamos ansiosos que surja um político profissional, e a atuação desse no poder seja inesquecível. Porém, Arendt, judia, que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, acreditava na ação do homem e na sua capacidade de "fazer o improvável e o incalculável".


Vejamos o que diz Hannah Arendt: "A política, assim aprendemos, é algo como uma necessidade imperiosa para a vida humana e, na verdade, tanto para a vida do indivíduo maior ou menor perante a sociedade.


Discutir a política nos dias de hoje é uma tarefa muito difícil. Estamos sempre muito desconfiados com os políticos de hoje. Porém, o homem é um ser essencialmente político. Todas as nossas ações são políticas e motivadas por decisões ideológicas. Tudo que fazemos na vida tem consequências e somos responsáveis por nossa ações. A omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros escolham por nós.


Eu não acreditava na política há muito tempo; como não queria ser conivente com as ações dos maus políticos, deixava de votar. Era um tipo de protesto solitário, só que errei muitas vezes fazendo isso, deixei que decidissem por mim o homem que iria representar toda nação, inclusive eu; insatisfeita com escolhas erradas, decidi sufragar meu voto de novo. Não votar é um erro, votar errado é outro erro maior.


A escolha de um político não se faz em uma conversinha bacana de 15 minutos no horário gratuito da TV, nem em entrevistas ou debates, das emissoras comprometidas com a política nacional. Escolher um representante é uma tarefa cansativa, mas que pode valer a pena. Temos que começar estudando o passado do nosso candidato, esse é um bom começo.


A nossa atual política tem sofrido grandes variações nesses últimos dez anos. Essas grandes variações serviram apenas para abrir os olhos de quem trocava seu voto por um kg de feijão, de arroz. O nosso povo teve a coragem de pintar a cara e retirar o ex-presidente Fernando Collor. Esse é o tipo de politica que atualmente precisamos. Nós votamos mal, escolhemos muito mal nossos representantes; é uma questão social, cultural, econômica, falar de politica; é uma questão de conscientização em massa. Política é um assunto para ser discutido em sala de aula, entrar na sala de aula como se fosse mais uma matéria. Como você não quer falar de política se vive nela? Precisamos da política em toda nossa vida. Nosso povo precisa saber o que é política, pra que serve, o porque do seu voto.


Está se aproximando mais uma eleição, e é inacreditável que nosso povo pense de uma forma tão egoísta. Votam em um conhecido, que saiu do fundo do quintal ou em um médico que se considera o médico dos pobres. Gente, isso nunca foi política. As pessoas resumem a política como algo individual, sendo que não é isso que a palavra política reserva. A política dita é bem diferente dessa aí, que estamos acostumados a ver e ouvir.


Nossa ação política está presente em todos os momentos da vida, seja nos aspectos privado ou público. Vivemos com a família, relacionamo-nos com as pessoas no bairro, na escola, somos parte integrante da cidade, pertencemos a um Estado e País, influímos em tudo o que acontece em nossa volta. Podemos jogar lixo nas ruas ou não, podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar como voluntário em uma causa em que acreditamos. Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político, precisamos conhecer melhor as propostas, discursos e ações dos políticos, que vão nos representar, porque isso vai durar pelo menos 4 anos. Não podemos confundir política com o simples o ato de votar. Estamos sendo muito irresponsáveis quando não votamos com consciência, votamos por amizade, dívida, amor, gratidão. Isso não deveria existir.


Estamos fazendo política quando tomamos atitudes em nosso trabalho, quando estamos conversando em uma mesa de bar ou quando estamos bebendo uma cervejinha após uma "pelada" de futebol. Estamos fazendo política quando exigimos nossos direitos de consumidor, quando nos indignamos ao vermos nossas crianças, fora das escolas, sendo massacradas nas ruas ou nas "Febems" da vida. Conhecemos o Estatuto da Criança e do Adolescente? ou o Código do Consumidor? A nossa Constituição, nem pensar, é grande demais. Nós subestimamos a política, a força que ela tem, da mesma forma que pode construir, pode destruir. Vivemos a falta de leitos nos hospitais, a falta de escolas dignas para nossas crianças.


O mau politico tem um perfil facilmente perceptível; o discurso do politico é sempre muito parecido. Hoje em dia é muito difícil perceber a força da boa politica; politica aqui no Brasil se faz com muito dinheiro, mas muito mesmo, ou na minoria com uma boa historia de vida, com o passado limpo, com trajetórias longas. Não adianta tentar enganar dizendo: o ensino publico melhorou mais de 80%; não me venham com esse discurso pobre e enganador. Os filhos dos políticos não estudam nas escolas que melhoraram 80% o ensino, os políticos não se internam nos hospitais que eles mesmo mandam construir, nem seus pais, seus filhos, sua esposa; eles correm para o chamado PARTICULAR. O bom politico mostraria ao povo a boa escola colocando seus filhos para estudar nela; eu ficaria impressionada com isso, é uma atitude que faz gerar mais politica.


A nossa atual politica está massacrando o povo, estamos vivendo no fogo cruzado aqui ou em qualquer parte do nosso país, um massacre coletivo. As noticias não são nada animadoras, todos os dias estamos diante de corrupção na politica, drogas nas escolas, evasão escolar, violência nas ruas, tragédias por todos os lados. Os POLITICOS do nosso país não foram preparados para vivenciar a sensibilidade dos outros. A falta de sensibilidade com o nosso povo só aflora no tempo das eleições. O politico do poder vive no mundo que criamos pra ele, aproveita cada segundo do poder que direcionamos a eles, blindam seus carros, moram em grandes fortalezas, comem do bom e do melhor, viajam na classe A. Nós que lhes damos todas essas regalias.


Os políticos não querem ver o povo conscientizado, o ensino publico faliu há muito tempo, as nossas escolas estão cada dia pior, sei disso porque tenho uma filha que estuda no ensino público (muito defasado, comparando a 50 anos atrás). Boa escola com condições para o professor ensinar é direito seu, meu, de todos; um bom ensino é direito do seu filho. Falta agua potável, merenda, condições de higiene e até professores, e a violência se instalou.


Acredito ainda que a escola é o berço da educação. É o futuro de nossas crianças, velhos, e todos. É ainda a salvação do mundo, a dignidade, a grande oportunidade na vida, de melhorias de vida, um dos maiores patrimônios que o politico do poder deixaria. Nosso ensino não tem inglês, os alunos não tem acesso a esporte, e quando tem educação física é uma raridade; nem mais religião se ensina na escola publica.


A política está presente quotidianamente em nossa vidas: na luta das mulheres contra uma sociedade machista que discrimina e age com violência; na luta dos portadores de necessidade especiais para pertencerem de fato à sociedade; na luta dos negros discriminados pela nossa "cordialidade"; dos homossexuais igualmente discriminados e desrespeitados; dos índios massacrados e exterminados nos 500 anos de nossa história; dos jovens que chegam ao mercado de trabalho saturado com milhões de desempregados; na luta de milhões de trabalhadores sem terra num país de latifúndios; enfim, na luta de todas as minorias por uma sociedade inclusiva, que se somarmos constituem a maioria da população. Atitudes e omissões fazem parte de nossa ação política perante a vida. Somos responsáveis politicamente (no sentido grego da palavra) pela luta por justiça social e uma sociedade verdadeiramente democrática e para todos.


É impressionante como as classes sociais ainda conseguem sobreviver a tantos anos tamanha desigualdades, estamos ainda na era da exclusão. O politico do poder só se mistura com o povo em época de eleições, procurando pra si o poder, e nos deixando no abandono. A existência da má distribuição de renda é uma das coisas que afeta a maioria das pessoas, e isso esta ligado com uma das piores educações do mundo. O nosso país está no 75º em desenvolvimento, é vergonhoso. É mais impressionante como aqui no nosso país onde temos leis, deveres, um país democrático, é onde temos uma das politicas do poder mais suja, sangrenta, enferma, sem educação, sem emprego e sem perspectiva de vida. Todos nós somos políticos só não estamos no poder.

A Miséria no nosso país, e o que se esconde por traz disso.

Hoje resolvi falar sobre a miséria, um assunto que só é lembrado na época da politica

Vivendo como animais - completamente excluídos do desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos a uma condição subumana. Seu único horizonte passa a ser a luta feroz pela sobrevivência. Seu único alvo é não morrer de fome. A miséria gera fome, que gera revolta, que se resume em violência, que na maioria das vezes está atribuída a pobreza, o abandono, falta de educação, perspectiva de um futuro melhor, nossas crianças vivem nas ruas, muitas delas como indigentes, comendo as sobras dos ratos. As invasões dos grandes centros se dão na falta de condição do trabalhador rural permanecer na roça, e acaba abandonando sua terra de origem pra procurar refugio nos grandes centros. Sendo que nada é muito diferente, o desemprego reina, a falta de moradia. Isso faz crescer as favelas nos centros urbanos. Essas pessoas perderam a noção da vida, do equilíbrio de uma vida saudável, para trocar por uma vida agitada e insustentável. Na cidade grande comemos o pão que o diabo amassou. Somos tratados com indiferença., muitas vezes humilhados, sofremos preconceitos somos recebidos como verdadeiros retirantes.





O que exatamente quer dizer “pobreza” ou “indigência”? Como identificar um pobre? Como ter certeza de que existem 14,5% de miseráveis, e não 10% ou 20%? Não haveria subjetividade demais nessas estatísticas? Em geral, cada um percebe a miséria por sua experiência pessoal, “A pobreza, tal qual a beleza, está nos olhos de quem a vê”. Para efeito estatístico, no entanto, os estudiosos chegaram a uma definição quase matemática sobre o que são miséria e pobreza. Conseguiram estabelecer duas grandes linhas. Uma delas é a linha de pobreza, abaixo da qual estão as pessoas cuja renda não é suficiente para cobrir os custos mínimos de manutenção da vida humana: alimentação, moradia, transporte e vestuário. Isso num cenário em que educação e saúde são fornecidas de graça pelo governo, e não temos isso. Outra é a linha de miséria (ou de indigência), que determina quem não consegue ganhar o bastante para garantir aquela que é a mais básica das necessidades: a alimentação.




No caso brasileiro, há mais de 53 milhões abaixo da linha de pobreza. Destas, 30milhões vivem entre a linha de pobreza e acima da linha de miséria. Cerca de 23 milhões estariam na situação que se define como indigência ou miséria, os considerados miseráveis. Há 30 milhões de pessoas vivendo com extrema dificuldade, donas de uma renda mensal inferior a 80 reais. mensal. E há mais 23 milhões que vivem ainda em pior situação, sobrevivendo de maneira primitiva. embaixo das pontes das grandes metrópoles, vivendo uma vida subumana no ditado popular vida de cão. Essas pessoas se alimentam dos resto de comida dos outros, veste o que encontra no lixo é notório isso aos olhos de quem quer ver, é uma situação de calamidade pública,. Vale lembrar que uma pessoa dessa precisa ingerir por dia, algo em torno de 2 000 calorias. Isso equivale a uma dieta diária que inclui um pão e meio, cinco colheres de arroz, meia concha de feijão, um copo de leite, um bife de 100 gramas, meio ovo e mais três colheres de açúcar, óleo de soja, farinha de trigo, farinha de mandioca e margarina. Sei disso porque já fui a uma nutricionista. Os miseráveis não têm acesso a essa cesta biológica básica. Por culpa da nossa política do poder. Esse é o chamado flagelo social que se estala na esquina da sua casa, nos terrenos baldios, nas praças e nos centros urbanos.



Não se sabe ainda quais serão os candidatos a presidente, mas já se sabe qual será o maior desafio do novo governo: reduzir esse contingente de padrão africano, que esta bem perto de nós, ao alcance dos nossos olhos todos os dias. Mães que colocam apenas feijão no fogo e essa é a única refeição do dia. Mulheres que tem 5 a 10 filhos sem condição de criar, sendo criados em meio a uma desnutrição, a falta de conscientização nesse pais é muito grande. O índice de mortes na infância é imensa, a desnutrição causada gera morte prematura. Crianças com 5 anos trabalhando pesado, eu cansei de ver isso, sem direito a educação, a moradia, sem direito de viver sua infância , já nascem condenados a essa miséria de vida, que nossos políticos impõem.


Metade dos que vivem abaixo da linha de miséria mora na Região Nordeste. Quando se calcula apenas a fatia rural da miséria, o Nordeste representa mais de 70% dos condenados a isso.. Essas são aquelas pessoas que aparecem nas reportagens de TV sobre a seca mostrando o pratinho de feijão que restou na despensa. Os Estados mais pobres do país, em termos proporcionais, segundo levantamento recente feito pelo governo, são Alagoas, Ceará, Maranhão e Piauí o sertão de Pernambuco, e Paraíba.. Os que estão mais bem posicionados são Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e mesmo assim ainda nos assustamos com tata gente morando debaixo das pontes. O caso mais extraordinário é que já vi foi em Alagoas onde muitas pessoas vivem em estado de privação absoluta A África dentro do nosso país.


As bolhas de miseráveis parecem ter paredes de aço no país, e são mantidas assim, sem o menor interesse em mudar., elas não conseguem ser quebradas, abolidas, é a maior praga do ser humano, é a maior tragedia da humanidade. Aqui só sobrevivem os mais capazes, é o tipo de coisa: os ricos são muito ricos, os pobres muito pobres; sempre me perguntei o porque de um deputado Estadual ou Federal, ganhar tanto? Por que um apresentador de telejornal tem que ganhar tanto, enquanto outras ganham tão pouco e trabalham tanto? A desigualdade social impera, e cada dia impera mais ainda. Nossa sociedade não tem força para quebrar isso, estamos a merce dos políticos de plantão. As pessoas estão vivendo em um patamar de miséria tão grande que não conseguem ver mudanças no nosso país, são totalmente indiferentes aos progressos que o país experimenta a sua voltarete de verdade não os interessa.


O Brasil é um campeão da especialidade - mas nem isso adiantou para bulir com as estatísticas da pobreza absoluta. Parece mentira, mais o Brasil o povo gosta de trabalhar, de empreender, inovar, inventar...cade as oportunidades? Filhos de ricos estudam em media 14 anos, os filhos dos pobres permanecem na sala de aula apenas 4 anos abandonam a escola para correr atrás da sobrevivência da família, o pai não estudou, o filho não estuda.. Não tem o estudo como uma prioridade, por consequências de outros fatores como a fome. Qual a criança que estuda com a barriga vazia? Quem consegue dormir com fome? Temos outro grande problema: a fome gera doenças que levam a morte desses infelizes miseráveis que vivem em busca incessante da sua própria sobrevivência, insistir na sua própria sobrevivência a missão do nosso povo é essa.


Esse mesmo povo esquecido exerce sua cidadania nas eleições. Um povo bonito, que tem cara de sofrido, que envelhece mais cedo, consequentemente morre mais cedo. Eles gritam por socorro, são esquecidos nos corredores dos hospitais, mal assistidos pelos médicos, um povo que mal sabe escrever, que são tratados feitos animais nos leitos dos hospitais públicos. Um povo excluído inteiramente da sociedade, um povo desdentado, rostos cansados, pés rachados, um povo que se acostumou com essa politica suja que ai esta, um povo enganado com bolsa família, vale gás, um povo que simplesmente começou a gerar mais filhos para garantir o bolsa família, do programa do governo federal que assiste aos mais necessitados e que também assiste aos que nem ao menos precisam disso. É e foi a melhor forma de mascarar essa situação e paralisar a consciência do nosso povo. A contentamento da politica do bolsa família fez o nosso presidente estar novamente no poder, os miseráveis somando na maioria. E é exatamente da maioria que eles precisam. E daí nunca vai ter fim.


O povo se ilude porque não estudou, se contenta com micharia que sequer da pra comer, iludido com uma politica que não gera emprego com salários dignos e justos, uma politica que não gera saúde, e levou o povo a ser condicionado, a aceitar esse quadro de UTI que se encontra esse nosso país, uma nação que respira a sobra de ar dos outros, um povo que mal consegue sorrir, não se levanta e mal consegue gritar porque são esmagados pelo poder dos latifúndios protegidos, dos grandes empresários, da mídia sensacionalista que esconde por muitas vezes a real situação do nosso povo, pelos políticos comprados. Que esses certamente vão bater na sua porta comprando seu voto por um cesta básica., os políticos que votam. Uns políticos que não dão prioridade ao ser humano.


Obras feitas para enfeitar, o povo não vive disso, o povo não quer isso, não precisa disso. O nosso povo precisa urgente de uma politica justa. Que os assegure saúde, empregos, uma mesa com um café da manhã digno de um trabalhador. A nossa politica é suja, obscura, escondida, mafiosa, cheia de regalias, interesses próprios voltados para os mais ricos, a uns políticos com mesa já farta, aviões a disposição, casas boas, fazendas, escolas de luxo, educação fora do país. É assim que se engaja nossa politica, é um quadro nojento onde temos que acompanhar sem vomitar. Do nosso bolso é que saem os ternos, os carros, a moradia, as viagens, motorista particular, plano de saúde, que mais, pois é, escola boa, bolsa de cursos para os filhos, até vale eles, alimentação, vale combustível, fora os salários altíssimos. Diante desse quadro só nos resta saber votar melhor.

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