quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Preciso de mim...




Algumas vezes me peguei muito só, olhei para todos os lados e não tinha alguém por perto, queria uma abraço, apenas um abraço. Me peguei a conversar comigo, como todos fazem ou fizeram um dia. Mas nesse momento nem mesmo queria conversa comigo, gostaria apenas do abraço. Daí resolvi eu mesma me abraçar, abraço forte, solitário, gelado, quente, sofrido, apagado, abraço, triste, estranho, nada comum. Mas aquele abraço no momento seria único e o mais seguro que eu poderia ter. Passar a vida sem se abraçar, não se tocar, não ouvir sua própria voz; determinei o tempo que iria durar o abraço franco, forte, fraco, uma espécie de abraço pequeno, mas seguro, abraço sem fala, sem beijos, sem ter onde encostar a cabeça. Mas um abraço fiel, sincero, vindo de mim mesma. Nada poderia interromper aquele abraço a não ser eu mesma. Virou um hábito quando não tem quem me abrace eu mesma me dar esse abraço. Eu, preciso exactamente de mim.



Um comentário:

Paulo Junior disse...

Realmente Clara, em alguns momentos, são extremamente necessários momentos onde apenas nós estejamos presentes. Me sinto assim ultimamente. Muita vontade de abraçar alguém que realmente me complete, onde este abraço, e somente este abraço seja suficiente para tirar o folego e mostrar que a felicidade existe. Precisamos entender uma coisa: por mais que tentemos ficar, estar, querer estarmos sozinhos, temos um Deus muito amigo que sempre está conosco. Abraço igual ao dele, com certeza não há. É desse abraço que precisamos. O do Pai. Clara, nunca estamos sozinhos. Boa noite!!